No Brasil, contratar profissionais com mais de 50 anos ainda é visto por muitas empresas como um desafio financeiro. *Isso se deve, em parte, ao aumento dos custos com assistência à saúde, que crescem proporcionalmente à idade do colaborador. A Turma +D60 está incluída neste cenário.
Encargos sociais obrigatórios, conforme a legislação brasileira, incluem:
- INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) – contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha.
- FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) – 8% sobre o salário.
- Seguro de Acidente de Trabalho – entre 1% e 3%, conforme o grau de risco da atividade.
- Salário-educação – 2,5% sobre a folha.
- Sistema S (SENAI, SESI, SEBRAE etc.) – até 5,8% dependendo do setor.
Além disso, os planos de saúde corporativos costumam ter reajustes significativos para faixas etárias acima dos 49 anos, *tornando a inclusão de profissionais com mais de 50 anos mais onerosa*. Esse fator, somado aos encargos, acaba desestimulando a contratação, mesmo quando o profissional traz experiência, estabilidade e alta produtividade. A Turma +D60 sofre com isso.
Para romper essa barreira, é urgente a criação de políticas públicas efetivas que incentivem a contratação de profissionais maduros. Isso pode incluir:
- Redução temporária de encargos para empresas que contratem acima dos 50 anos.
- Subsídios para planos de saúde corporativos com cobertura multigeracional.
- Linhas de crédito e benefícios fiscais para empresas que adotem práticas inclusivas por idade.
A inclusão etária não pode ser apenas um discurso bonito — precisa ser viável economicamente. Investir em profissionais com mais de 50 anos é apostar em maturidade, visão estratégica e diversidade real. E com apoio público, esse investimento pode se tornar acessível e transformador.
Carlos Santarem
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