A capacidade humana de ser surpreendido diminui à medida que o cérebro se desenvolve, uma vez que “estímulos invulgares” podem ser classificados cada vez mais rapidamente, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira, 3 de janeiro.
O artigo desenvolvido por investigadores da Universidade da Basileia, intitulado Surpresa! -Como o cérebro aprende a lidar com o inesperado, baseia-se em experiências com ratos jovens realizadas pela equipa de investigação da neurocientista Tania Barkat, professora do Departamento de Biomedicina desta universidade suíça.
Estes testes, que tiveram como objetivo decifrar as reações
ao inesperado à medida que o cérebro se desenvolve, mostram que,
progressivamente, os estímulos podem ser organizados em menos tempo entre
“importantes” ou “desinteressantes” e que são “significativamente menos
surpreendentes” à segunda e terceira vez que surgem.
De acordo com o artigo científico, estas conclusões explicam
por que, enquanto para as crianças o mundo é cheio de surpresas, os adultos são
mais difíceis de surpreender.
O estudo esclarece que reconhecer o inesperado é uma
capacidade cognitiva, uma vez que o desconhecido também pode representar um
perigo, e à medida que o ser humano cresce, o seu cérebro aumenta essa
eficiência na deteção de novos estímulos.
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