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terça-feira, 9 de maio de 2023

Ao Governo aos Ministros do STF

 


Ao Governo aos Ministros do STF

 
Depois de idas e vindas nos tribunais da nação,
Depois de, finalmente exarada, em última instância, pelo Supremo
Que a você, governo, cabe reparar, enfim, o malfeito
De contas malfeitas que bem corroeram os nossos proventos,
Você recorreu, contra a decisão, com embargos de declaração!
Quantos embargos você precisa para bem esclarecer a questão!?
Agora você muda a estratégia e apresenta novos argumentos:
Aceita não errar mais; aceita não nos prejudicar mais,
Mas, e a dívida declarada que tem você conosco?
Ah! Essa você nos diz que não paga não!?
Agora você, bem escudado pela advocacia geral da união,
Recorre da decisão, alegando que isso vai dar um trabalhão?
Recorre, alegando que a sua dívida abarca muita gente?
Recorre, alegando ter de fazer corretas mudanças na administração?
Recorre, alegando ser muito difícil desenvolver sistemas de informação?
Recorre, na intenção de não arcar com sua dívida?
Recorre, na esperança de que o Supremo seja indulgente?
Recorre, dizendo que essa dívida, você não paga não!?
Aos Ministros do Supremo, envolvidos em tantos outros processos,
Sei que entenderam que a “revisão da vida toda”
Não se trata de benefício gracioso dado pelo governo,
Mas, de dívida de recursos extraídos de nosso numerário.
Rogo: coloquem uma grande pá de cal nesta questão;
Rogo: não permitam ações assim com o nosso salário;
Rogo: protejam-nos de uma ação tão perversa; desse escárnio.

Carlos Santarem