O mercado de trabalho adora falar de inclusão. É mulher na liderança, é diversidade racial, é PCD com protagonismo. Palmas! Mas aí vem o asterisco invisível: *desde que não sejam velhos*. Aí não pode. Aí já é demais. Aí o RH trava igual computador com 47 abas abertas.
Querem mulheres empoderadas, mas se tiverem rugas, já não empolga tanto. Querem pessoas negras ocupando espaços, mas se vierem com mais de 50 primaveras, o espaço vira miragem. Querem incluir PCDs, mas se o currículo tiver mais décadas que páginas, o convite some. É como se a idade fosse *um vírus que desatualiza o talento*. Spoiler: não é.
Essa seletividade etária é o preconceito mais bem vestido do mercado. Vem disfarçado de “perfil dinâmico”, “fit cultural”, “energia jovem”. Mas no fundo, é só medo de encarar a sabedoria com CPF. Porque vamos combinar: *velho e ultrapassado está ficando esse preconceito*, não quem já viveu o suficiente pra saber que Excel não morde e que reunião sem pauta é só café com ansiedade.
A ironia? As empresas querem inovação, mas descartam quem já viu o mundo mudar umas 15 vezes. Querem resiliência, mas ignoram quem sobreviveu ao fax, ao disquete e ao modem discado. Querem diversidade, mas esquecem que idade também é um marcador social.
Então, *bora atualizar esse sistema operacional corporativo*. Inclusão de verdade não tem limite de idade. Experiência não é peso — é impulso. E se o mercado ainda não entendeu isso, talvez esteja na hora de um reboot com mais sabedoria e menos preconceito.
Porque talento não expira. E se alguém ainda acha que “velho não aprende”, talvez seja ele quem precise reaprender o que é respeito, visão e inteligência emocional.
*Afinal, se o mundo está envelhecendo, o mercado que não se adapta... fica velho. E não no bom sentido*.
Carlos Santarem
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