*Maleáveis, mas nem tanto: o valor dos ‘difíceis’ da
Turma +D60*
Em algumas empresas, há uma espécie de mitologia corporativa
que pinta os profissionais da Turma +D60 como *criaturas exóticas*:
resistentes às mudanças, avessos à tecnologia e com uma alergia crônica às
reuniões que começam com “vamos pensar fora da caixa”. Enquanto isso, os jovens
são exaltados como maleáveis — quase elásticos — prontos para virar noites,
engolir sapos e fazer malabarismos com metas que mudam mais que o clima em
Brasília (e olha que isso é um feito e tanto).
Mas vamos combinar: essa lógica é mais torta que reunião de
alinhamento às 18h de sexta-feira. Maleabilidade, nesse contexto, virou
sinônimo de submissão. E resistência, de rebeldia. Só que o que muitos chamam
de “dificuldade” é, na verdade, integridade com nome e sobrenome. A Turma +D60
não se dobra fácil porque já viu muito — inclusive *planilhas que tentavam
esconder o que nem o Excel queria calcular*. São “difíceis”, sim. Difíceis
de corromper, diga-se com orgulho.
Esses profissionais não têm tempo a perder com joguinhos
corporativos. Já passaram da fase de achar que “vestir a camisa” significa
aceitar tudo calado. Sabem que ética não é acessório, é alicerce. *E quando
uma meta parece mais uma missão impossível, eles não fazem malabarismo — fazem
perguntas*. E isso, para algumas lideranças, é quase um ato revolucionário.
Enquanto isso, há empresas que tratam seus valores como
decoração: quadros bonitos com palavras como “transparência”, “respeito” e
“colaboração”, estrategicamente posicionados entre a máquina de café e a
impressora que nunca funciona. Mas há também aquelas raras joias corporativas
que vivem o que pregam. Nessas, profissionais da Turma +D60 são disputados como
pão quente em padaria de bairro. Porque sabem que experiência não é peso, é
patrimônio. E que caráter não tem prazo de validade.
*Não nos esqueçamos que existem jovens profissionais tão
resistentes como Wi-Fi de qualidade: raros, valiosos e também não caem fácil em
qualquer rede de manipulação*. Sabem que meta sem ética é cilada
corporativa. Não viram noites por vaidade de chefe, nem fazem malabarismo com
princípios éticos. São “difíceis”? Sim. Difíceis de corromper. *E nisso, são
parentes diretos da Turma +D60*.
A verdade é que maleabilidade sem limites vira
contorcionismo ético. E empresas que confundem flexibilidade com obediência
cega acabam tropeçando nos próprios valores — quando os têm. Já aquelas empresas
que realmente prezam por cultura, missão e política corporativa sabem que *o
profissional ideal não tem idade: tem postura.*
Portanto, à Turma +D60, um recado otimista: vocês não são
“menos maleáveis”; são mais conscientes. E isso, num mundo corporativo que vive
entre o Excel e o existencialismo, é um superpoder. Continuem sendo “difíceis”.
Difíceis de dobrar, de omitir, de manipular. Porque, no fim das contas, é essa
“dificuldade” que constrói empresas verdadeiramente sólidas.
E para quem ainda acha que idade é obstáculo, vale lembrar: *flexibilidade
sem espinha dorsal é coisa de boneco de posto*. E a Turma +D60 é muito mais
que isso!
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